Hoje, dia 13 de junho, data oficial do começo da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, nascimento de Fernando Pessoa e dia de Fernando Bulhões, vulgo Santo Antônio, é uma data que vai além da comemoração da sociedade. Hoje é dia de festa no céu, na terra e no coração.
Gabriela Fuller.
Este é um blog experimental da disciplina Introdução as Profissões do curso de Comunicação Social (jornalismo e publicidade) da Estácio de Sá- Niterói. As informações contidas nesse blog não devem ser usadas como fonte de pesquisa, pois é um blog de estudantes. Coordenação: Gisele Barreto
quarta-feira, 13 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012
01/06/2012
CNO Rio+20
Agricultura sustentável prevê menos emissão de carbono
Programa do governo federal
traz recursos a produtores rurais e incentiva produção agrícola e
pecuária com proteção ao meio ambiente
Com o objetivo de engajar os produtores rurais na política ambiental brasileira, o Governo federal criou em 2010 o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
Na safra 2011/2012, o Governo prevê cerca de R$ 3,150 bilhões para
incentivar processos tecnológicos que neutralizem ou minimizem os
efeitos dos gases de efeito estufa no campo.
Os produtores rurais e cooperativas poderão contar com até R$ 1 milhão em financiamento e taxas de juros de 5,5% ao ano. O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos.
O Programa ABC reforça o compromisso assumido pelo Brasil na COP-15 de reduzir voluntariamente em 36% a 39% as emissões de gases de efeito estufa até 2020. Esse novo modelo de agricultura sustentável a ser adotada pelos produtores rurais pretende reduzir os impactos do aquecimento global. Entre as iniciativas do programa estão:
• O plantio direto na palha;
• A recuperação de áreas degradadas;
• A integração lavoura-pecuária-floresta;
• O tratamento de resíduos animais.
Além disso, o programa também estimula o plantio de florestas comerciais com eucalipto e pinus. O objetivo é aumentar a área de 6 milhões para 9 milhões de hectares de florestas plantadas, reduzindo as emissões de gás carbônico do ar.
Links relacionados
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Os produtores rurais e cooperativas poderão contar com até R$ 1 milhão em financiamento e taxas de juros de 5,5% ao ano. O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos.
O Programa ABC reforça o compromisso assumido pelo Brasil na COP-15 de reduzir voluntariamente em 36% a 39% as emissões de gases de efeito estufa até 2020. Esse novo modelo de agricultura sustentável a ser adotada pelos produtores rurais pretende reduzir os impactos do aquecimento global. Entre as iniciativas do programa estão:
• O plantio direto na palha;
• A recuperação de áreas degradadas;
• A integração lavoura-pecuária-floresta;
• O tratamento de resíduos animais.
Além disso, o programa também estimula o plantio de florestas comerciais com eucalipto e pinus. O objetivo é aumentar a área de 6 milhões para 9 milhões de hectares de florestas plantadas, reduzindo as emissões de gás carbônico do ar.
Links relacionados
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
segunda-feira, 28 de maio de 2012
A história das coisas
Descrição do vídeo:
"'A história das coisas' expõe as conexões entre um enorme número de questões ambientais e sociais, e nos chama juntos para criar um mundo mais sustentável e justo. Essa historia vai te ensinar algo, ele vai fazer você rir, e só ela pode mudar a maneira de como você olha para todas as coisas em sua vida para sempre."
Quem quiser visitar o site, ele está em inglês: http://storyofstuff.org
Particularmente, eu achei o vídeo criativo, pois ele consegue nos mostrar situações que no nosso cotidiano não notamos ou que - para nosso conforto - preferimos não notar.
Após assisti-lo, conte-nos o que achou nos comentários.
Att. :D
"'A história das coisas' expõe as conexões entre um enorme número de questões ambientais e sociais, e nos chama juntos para criar um mundo mais sustentável e justo. Essa historia vai te ensinar algo, ele vai fazer você rir, e só ela pode mudar a maneira de como você olha para todas as coisas em sua vida para sempre."
Quem quiser visitar o site, ele está em inglês: http://storyofstuff.org
Particularmente, eu achei o vídeo criativo, pois ele consegue nos mostrar situações que no nosso cotidiano não notamos ou que - para nosso conforto - preferimos não notar.
Após assisti-lo, conte-nos o que achou nos comentários.
Att. :D
domingo, 27 de maio de 2012
Diálogos para o Desenvolvimento.
O Governo brasileiro está organizando, com o apoio das Nações Unidas, os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, um espaço para a sociedade civil, que terá lugar no Riocentro, entre 16 e 19 de junho, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20.
fonte: http://www.rio20.gov.br/
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Veto a 12 artigos do Código Florestal
Hoje é o último dia para a presidente da República se pronunciar sobre o novo Código Florestal. Infelizmente as últimas notícias mostram que somente 12 artigos serão vetados. A Lei sofrerá 32 mudanças no total. As alterações serão corrigidas por uma Medida Provisória (MP) que será publicada junto com os vetos na segunda-feira, dia 28.
fonte: http://oglobo.globo.com/pais/ministra-anuncia-veto-12-artigos-do-codigo-florestal-5021758#ixzz1vuLYFPGZ
fonte: http://oglobo.globo.com/pais/ministra-anuncia-veto-12-artigos-do-codigo-florestal-5021758#ixzz1vuLYFPGZ
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Dilma deve vetar 12 ou 14 artigos do novo Código Florestal
O ex-ministro do mei o ambiente
e atual secretário do Ambiente no Rio, Carlos Minc, afirmou nesta
segunda-feira, 21, que a presidente Dilma Rousseff deverá vetar 'algo
como 12 ou 14 artigos' do Código Florestal aprovado na Câmara. Segundo
ele, será editada em seguida Medida Provisória (MP) para 'impedir que
haja um vácuo legislativo'.
'O que está se estudando não é se ela (Dilma) veta ou não, mas a extensão do veto. Além disso, também estão estudando os termos da MP, porque a decisão precisa ter sustentabilidade ambiental e política. Não adianta vetar tudo e o veto ser derrubado', disse Minc. 'Estou convencido de que é isso o que a presidenta fará, até porque falei com ela mais de uma vez sobre esse assunto recentemente.'
Em evento no Palácio da Cidade, Minc afirmou que Dilma 'não vai permitir que a Rio+20 seja marcada por uma posição de recuo do Brasil em relação à proteção das suas florestas'. 'Ao mesmo tempo, está tomando todas as precauções para que essa medida se mantenha politicamente.' Segundo ele, serão vetados 'artigos estruturantes, onde está anistia, redução de APPs, desproteção de margens de rios e possibilidade de ter pecuária nas encostas, o que gera uma erosão brutal'.
O ex-ministro disse que também está sendo analisada a hipótese de projetos de lei, mas que uma MP teria a vantagem de entrar imediatamente em vigor. 'Será dado um recado muito claro. Vão se basear no entendimento que houve no Senado e ir além.' Ele ressaltou que esse entendimento, anterior à votação na Câmara, 'não foi uma maravilha da natureza'. 'Deve incorporar coisas que o Senado colocou e a Câmara passou a motosserra, mas estabelecer por exemplo tratamento diferenciado para agricultura familiar, vetar expressamente a pecuária nas encostas e ampliar a proteção das bacias hidrográficas mais fragilizadas.'
Sustentabilidade do veto. Minc afirmou que os ruralistas têm maioria na Câmara. 'Então, a MP vai repor vários pontos do projeto do Senado e ainda acrescentar coisas até mais interessantes. Assim, vai impedir que no Senado seja derrubado. Ou seja, o Senado vai ser a garantia de sustentabilidade do veto. O projeto tem de ser bom ambientalmente e politicamente.'
Antes da entrevista, em discurso, ele declarou que Dilma 'teve coragem de enfrentar os juros extorsivos, de instalar a Comissão da Verdade, ela terá coragem também de vetar o que uma eventual maioria ruralista aprovou, descaracterizando toda nossa legislação protetora das florestas'.
'O que está se estudando não é se ela (Dilma) veta ou não, mas a extensão do veto. Além disso, também estão estudando os termos da MP, porque a decisão precisa ter sustentabilidade ambiental e política. Não adianta vetar tudo e o veto ser derrubado', disse Minc. 'Estou convencido de que é isso o que a presidenta fará, até porque falei com ela mais de uma vez sobre esse assunto recentemente.'
Em evento no Palácio da Cidade, Minc afirmou que Dilma 'não vai permitir que a Rio+20 seja marcada por uma posição de recuo do Brasil em relação à proteção das suas florestas'. 'Ao mesmo tempo, está tomando todas as precauções para que essa medida se mantenha politicamente.' Segundo ele, serão vetados 'artigos estruturantes, onde está anistia, redução de APPs, desproteção de margens de rios e possibilidade de ter pecuária nas encostas, o que gera uma erosão brutal'.
O ex-ministro disse que também está sendo analisada a hipótese de projetos de lei, mas que uma MP teria a vantagem de entrar imediatamente em vigor. 'Será dado um recado muito claro. Vão se basear no entendimento que houve no Senado e ir além.' Ele ressaltou que esse entendimento, anterior à votação na Câmara, 'não foi uma maravilha da natureza'. 'Deve incorporar coisas que o Senado colocou e a Câmara passou a motosserra, mas estabelecer por exemplo tratamento diferenciado para agricultura familiar, vetar expressamente a pecuária nas encostas e ampliar a proteção das bacias hidrográficas mais fragilizadas.'
Sustentabilidade do veto. Minc afirmou que os ruralistas têm maioria na Câmara. 'Então, a MP vai repor vários pontos do projeto do Senado e ainda acrescentar coisas até mais interessantes. Assim, vai impedir que no Senado seja derrubado. Ou seja, o Senado vai ser a garantia de sustentabilidade do veto. O projeto tem de ser bom ambientalmente e politicamente.'
Antes da entrevista, em discurso, ele declarou que Dilma 'teve coragem de enfrentar os juros extorsivos, de instalar a Comissão da Verdade, ela terá coragem também de vetar o que uma eventual maioria ruralista aprovou, descaracterizando toda nossa legislação protetora das florestas'.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Sustentabilidade prática.
Galera, vocês já devem ter ouvido a falar sobre sustentabilidade, não é?
Todo mundo fala sobre ela!
Mas, afinal, o que nós podemos fazer para contribuirmos para um mundo mais sustentável?
A resposta pra essa pergunta é mais fácil do que parece!
No nosso cotidiano - muitas vezes - não percebemos que se mudarmos alguns hábitos, podemos construir um mundo mais sustentável. Um mundo com menos liberação de gases prejudiciais à natureza, com menos exploração e desgaste natural da mesma.
Vou dar algumas dicas pra que, juntos (sim, juntos! Imagina se cada um fizer um pouquinho de cada dica - a evolução é enorme!), possamos diminuir a emissão de carbono na atmosfera.
Vamos pra parte prática, então?
Mas, afinal, o que nós podemos fazer para contribuirmos para um mundo mais sustentável?
A resposta pra essa pergunta é mais fácil do que parece!
No nosso cotidiano - muitas vezes - não percebemos que se mudarmos alguns hábitos, podemos construir um mundo mais sustentável. Um mundo com menos liberação de gases prejudiciais à natureza, com menos exploração e desgaste natural da mesma.
Vou dar algumas dicas pra que, juntos (sim, juntos! Imagina se cada um fizer um pouquinho de cada dica - a evolução é enorme!), possamos diminuir a emissão de carbono na atmosfera.
Vamos pra parte prática, então?
(Fonte das dicas: http://ultimato.com.br/sites/igrejasecocidadas/files/2012/03/Jejum-de-Carbono.pdf)
1ª - Faça um almoço ou jantar simples com alimentos locais e da estação. Você sabia que no período de safra os alimentos têm menos agrotóxicos, são mais bonitos, nutritivos e custam menos?
2ª - Tente tomar um banho de 5 minutos hoje. Você sabia que um banho de 15 minutos com o
2ª - Tente tomar um banho de 5 minutos hoje. Você sabia que um banho de 15 minutos com o
registro aberto gastam 45 litros de água potável em uma casa e 144 litros em um apartamento?
3ª - Segunda-feira sem carne. O gado, por exemplo, emite muito gás metano para a atmosfera e necessita de uma grande área de pastagem. Além disso, são necessários 15.500 litros de água para se produzir um quilo de carne. Visite o site www.segundasemcarne.com.br e encontre informações e receitas deliciosas!
4ª - Reutilize a água da máquina de lavar (a partir do segundo enxague) na limpeza doméstica.
5ª - Limpe a casa usando substâncias caseiras e que não fazem mal à saúde. Limão, bicarbonato e vinagre são uma equipe de limpeza poderosa! São despejados 5.9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento, por dia, nos rios das 81 maiores cidades brasileiras.
4ª - Reutilize a água da máquina de lavar (a partir do segundo enxague) na limpeza doméstica.
5ª - Limpe a casa usando substâncias caseiras e que não fazem mal à saúde. Limão, bicarbonato e vinagre são uma equipe de limpeza poderosa! São despejados 5.9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento, por dia, nos rios das 81 maiores cidades brasileiras.
6ª - Que tal coletar o óleo de fritura de sua casa, casa de amigos e familiares e chamar todo mundo para fazer sabão? (EM BREVE, faremos um tutorial pra ajudar você a gastar menos e contribuir com o meio ambiente :D)
7ª - Não use copos descartáveis. Leve sua própria caneca ou garrafinha de água.
8ª - Desligue, desconecte-se. Tenha um dia livre de tecnologia (inclui tv também) e internet. Isso reduz a emissão de carbono e lhe dá espaço para se dedicar a outras atividades e às pessoas.
7ª - Não use copos descartáveis. Leve sua própria caneca ou garrafinha de água.
8ª - Desligue, desconecte-se. Tenha um dia livre de tecnologia (inclui tv também) e internet. Isso reduz a emissão de carbono e lhe dá espaço para se dedicar a outras atividades e às pessoas.
9ª - Recolha e jogue no lixo as fezes de seu cão. Elas não são adubo, podem contaminar o solo e a água, além de sujarem as vias públicas.
10ª - Vá de bicicleta ou a pé. Para trajetos curtos deixe o carro na garagem e evite a emissão desnecessária de carbono. (Além do que, já faz um exercício, né?!)
Não é tão difícil como parecia, né?
São pequenos hábitos que - se mudados - contribuem muito para amenizar os estragos ambientais.
Tente seguir essas dicas, uma por vez. Ou então desafie-se a seguir todas!
10ª - Vá de bicicleta ou a pé. Para trajetos curtos deixe o carro na garagem e evite a emissão desnecessária de carbono. (Além do que, já faz um exercício, né?!)
Não é tão difícil como parecia, né?
São pequenos hábitos que - se mudados - contribuem muito para amenizar os estragos ambientais.
Tente seguir essas dicas, uma por vez. Ou então desafie-se a seguir todas!
Hoje é um bom dia para você se perguntar se leva uma vida sustentável. Faça o teste no site do Planeta Sustentável e compartilhe-o depois com seus amigos: www.goo.gl/bqpnS.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Casas Sustentáveis
Talvez você nao tenha ouvido falar, ou tenha mas nao entende o funcionamento,mas uma atitude que colabora muito para um melhor equilíbrio do ecossistema, são as chamadas casas sustentáveis.Esse conceito, denominado green building ou bioarquitetura, incorpora a sustentabilidade à construção de uma casa ou prédio, com a intenção de não prejudicar o ecossistema, e com uma certa atenção e adequações bem elaboradas, pode deixar sua casa ainda mais "verde".
Jorge Elmor, arquiteto, cita como exemplo, utilizar madeira de reflorestamento para construição, ao invés de vidro e metal,pois são mais poluentes e o consumo de energia gasto, é maior.
De acordo, Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável,
as edificações respondem por 20% do uso de água e 35% do gasto de
energia, além de produzirem 30% do lixo sólido. Desse consumo, 80% é
utilizado na parte operacional, ou seja, depois do edifício pronto.
Dicas para tornar a casa sustentável
Abaixo algumas sugestões para ajudar na sustentabilidade, ajudando nao somente o meio ambiente, mas tambem o seu bolso.
- Ao decorar a casa, escolha materiais menos poluentes, como madeira de reflorestamento.
- Ao comprar um eletrodoméstico, observe se há o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).
-
Adquira de preferência lâmpadas fluorescentes, que consomem cinco vezes
menos energia e duram de oito a dez vezes mais que as incandescentes.
- Instale painéis solares para ajudar na geração de eletricidade.
-
Telhados escuros refletem apenas 20% da luz solar, enquanto os brancos
compensam 10 toneladas de emissão de CO2 a cada 100 m². Eles refletem
mais a luz solar e absorvem menos calor.
-
Pinturas claras no interior também favorecem a economia de luz. Outra
opção é usar telhas de vidro, que proporcionam uma maior claridade
natural no interior do ambiente.
-
A elaboração de sistema de captação e armazenamento de água da chuva
ajuda a diminuir o desperdício em situações como a lavagem do carro.
- As janelas em várias áreas e em paredes opostas aumentam a ventilação.
-
Para quem quer mais eficiência nesse processo, procure um arquiteto
especializado para analisar o posicionamento da casa e das suas peças e
avaliar a eficiência energética, a ventilação do local e os obstáculos
para futuras melhorias.
Na sexta-feira, dia 04 de maio de 2012, a atriz Camila Pitanga, durante a cerimônia em que o ex-Presidente Luis Inacio Lula da Silva recebeu título de Doutor Honoris Causa de cinco universidades públicas fluminenses, pediu que a presidente Dilma Rousseff vetasse o novo Código Florestal.
Veja o video:
Veja o video:
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Reformas no Código Florestal, mas com responsabilidade
O texto de hoje é do Geógrafo José Luiz Leal, que nos autorizou utilizar sua publicação do jornal Voz.
"Acompanhei atentamente e com grande apreensão a aprovação do novo código florestal no congresso nacional. Confesso que fiquei com grande receio das inevitáveis consequencias ambientais que tal proposta causará a médio e longo prazo e me pergunto se nossos legisladores possuem uma necessária qualificação para legislar a respeito de tal tema, uma vez que considero que tal projeto é uma grande irresponsabilidade que me atrevo a chamar de “um dos maiores crimes ambientais da história”.
A diminuição das áreas de proteção permanente (APP’s) proposta e aprovada pela câmara dos deputados em Brasília poderá reduzir o limite dessas matas para 15 metros, isso implicará de imediato em uma menor proteção do solo em áreas marginais a cursos d’água e de vertentes. Já escrevi muito no passado sobre o tema e temos exemplos que saltam aos nossos olhos dos terríveis impactos ambientais que surgem nessas áreas como movimentos de massa (deslizamentos), potencialização do assoreamento na rede hidrográfica, fato que em longo prazo pode fazer com que pequenos rios perenes se tornem intermitentes (sequem durante o período de seca) ou alaguem suas áreas ribeirinhas (enchentes) no período de chuvas, criando assim eventos extremos. Esse fato aumentará custos de produção e diminuirá o valor de mercado da propriedade rural, e pior, o aumento do escoamento superficial (enxurrada) implicará em uma diminuição da fertilidade do solo, fato que determinará maiores custos de produção caso essas áreas sejam ocupadas por lavouras. Isso tudo sem contar ainda os danos climáticos.
É tentada agora uma manobra que seja mais flexível na manutenção e recomposição de APP’s para pequenos agricultores, esses que representam 82% do total de estabelecimentos do país, mas abrangendo apenas 23% da área de agriculturável brasileira. Nesse caso as grandes propriedades rurais (18% do total) arcariam com um maior grau de preservação, lembro que essas propriedades correspondem hoje a 77% das áreas agricultáveis do nosso país. Isso é distribuição de responsabilidades de forma responsável e mais igualitária, uma vez que os pequenos produtores também manteriam áreas de proteção, porém proporcionais ao tamanho de suas terras e dos cursos d’água que as cortam, de forma que seus imóveis possam se enquadrar no critério de aproveitamento racional e adequado da função social da propriedade rural.
Não sou utópico e sei bem da importância do setor agropecuário na cadeia produtiva brasileira, mas é preciso agir com profunda responsabilidade na legislação de leis ambientais, e com o conceito de Política de Estado, no qual medidas são tomadas pensando em suas consequencias a longo prazo. Grande parte de nossos congressistas são grandes proprietários rurais e todos sabem da enorme influência que essa bancada ruralista exerceu no passado e que agora no século XXI exerce mais uma vez, porém irresponsabilidades devem ter limite, os danos ambientais e econômicos serão irreparáveis.
A Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC) entregaram para os deputados responsáveis um estudo em que explicam detalhadamente os terríveis prejuízos para o meio ambiente e para a sustentabilidade da agricultura no Brasil caso o novo código florestal entre em vigor, porém tal estudo foi ignorado desde sua data de entrega em Brasília (27/02/2012). De acordo com tal documento, as áreas de proteção permanente são importantes provedoras de serviços ecossistêmicos, principalmente, a proteção de nossos recursos hídricos e por isso, objeto de tratados internacionais de que o Brasil é signatário, como a Convenção de Ramsar – Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional.
Todos nós sofreremos com as consequências caso essa irresponsabilidade legislativa seja aprovada, inclusive os moradores de ambientes urbanos, uma vez que o aumento do escoamento superficial no meio rural será inevitavelmente levado para as cidades localizadas a jusante dos cursos d’água.Creio que essa discussão deve ser feita com respeito ao meio ambiente e à opinião dos corpos científicos, devemos sim produzir gêneros primários, exportar e buscar uma balança comercial favorável, mas existem limites de sustentabilidade que estão sendo alertados e ignorados por nossos representantes de Brasília.
Lamentável! "
Prof José Luís Leal
Geógrafo/Geomensor
"Acompanhei atentamente e com grande apreensão a aprovação do novo código florestal no congresso nacional. Confesso que fiquei com grande receio das inevitáveis consequencias ambientais que tal proposta causará a médio e longo prazo e me pergunto se nossos legisladores possuem uma necessária qualificação para legislar a respeito de tal tema, uma vez que considero que tal projeto é uma grande irresponsabilidade que me atrevo a chamar de “um dos maiores crimes ambientais da história”.
A diminuição das áreas de proteção permanente (APP’s) proposta e aprovada pela câmara dos deputados em Brasília poderá reduzir o limite dessas matas para 15 metros, isso implicará de imediato em uma menor proteção do solo em áreas marginais a cursos d’água e de vertentes. Já escrevi muito no passado sobre o tema e temos exemplos que saltam aos nossos olhos dos terríveis impactos ambientais que surgem nessas áreas como movimentos de massa (deslizamentos), potencialização do assoreamento na rede hidrográfica, fato que em longo prazo pode fazer com que pequenos rios perenes se tornem intermitentes (sequem durante o período de seca) ou alaguem suas áreas ribeirinhas (enchentes) no período de chuvas, criando assim eventos extremos. Esse fato aumentará custos de produção e diminuirá o valor de mercado da propriedade rural, e pior, o aumento do escoamento superficial (enxurrada) implicará em uma diminuição da fertilidade do solo, fato que determinará maiores custos de produção caso essas áreas sejam ocupadas por lavouras. Isso tudo sem contar ainda os danos climáticos.
É tentada agora uma manobra que seja mais flexível na manutenção e recomposição de APP’s para pequenos agricultores, esses que representam 82% do total de estabelecimentos do país, mas abrangendo apenas 23% da área de agriculturável brasileira. Nesse caso as grandes propriedades rurais (18% do total) arcariam com um maior grau de preservação, lembro que essas propriedades correspondem hoje a 77% das áreas agricultáveis do nosso país. Isso é distribuição de responsabilidades de forma responsável e mais igualitária, uma vez que os pequenos produtores também manteriam áreas de proteção, porém proporcionais ao tamanho de suas terras e dos cursos d’água que as cortam, de forma que seus imóveis possam se enquadrar no critério de aproveitamento racional e adequado da função social da propriedade rural.
Não sou utópico e sei bem da importância do setor agropecuário na cadeia produtiva brasileira, mas é preciso agir com profunda responsabilidade na legislação de leis ambientais, e com o conceito de Política de Estado, no qual medidas são tomadas pensando em suas consequencias a longo prazo. Grande parte de nossos congressistas são grandes proprietários rurais e todos sabem da enorme influência que essa bancada ruralista exerceu no passado e que agora no século XXI exerce mais uma vez, porém irresponsabilidades devem ter limite, os danos ambientais e econômicos serão irreparáveis.
A Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC) entregaram para os deputados responsáveis um estudo em que explicam detalhadamente os terríveis prejuízos para o meio ambiente e para a sustentabilidade da agricultura no Brasil caso o novo código florestal entre em vigor, porém tal estudo foi ignorado desde sua data de entrega em Brasília (27/02/2012). De acordo com tal documento, as áreas de proteção permanente são importantes provedoras de serviços ecossistêmicos, principalmente, a proteção de nossos recursos hídricos e por isso, objeto de tratados internacionais de que o Brasil é signatário, como a Convenção de Ramsar – Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional.
Todos nós sofreremos com as consequências caso essa irresponsabilidade legislativa seja aprovada, inclusive os moradores de ambientes urbanos, uma vez que o aumento do escoamento superficial no meio rural será inevitavelmente levado para as cidades localizadas a jusante dos cursos d’água.Creio que essa discussão deve ser feita com respeito ao meio ambiente e à opinião dos corpos científicos, devemos sim produzir gêneros primários, exportar e buscar uma balança comercial favorável, mas existem limites de sustentabilidade que estão sendo alertados e ignorados por nossos representantes de Brasília.
Lamentável! "
Prof José Luís Leal
Geógrafo/Geomensor
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Reforma no Código Florestal.
Hoje decidimos que vamos focar nossa campanha no novo Código Florestal, mas, também, traremos diversas ideias que vão fazer do nosso planeta um lugar melhor.
Últimas notícias sobre o novo Código:
Últimas notícias sobre o novo Código:
Nem bem o projeto que altera o Código Florestal chegou ao Palácio do Planalto para a sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff, e os parlamentares já elaboraram novas propostas para "corrigir" o texto aprovado recentemente. O texto é uma reação às notícias de que a presidente poderá vetar pontos de interesse dos ruralistas aprovados no projeto.
Nesta quinta, uma nova proposta, elaborada por deputados da frente parlamentar da agricultura e assinado por líderes de oito partidos, foi protocolada na Câmara definindo as regras para a recuperação das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) ao longo dos rios desmatadas ilegalmente. Pelo projeto, a recuperação dos danos ambientais será de acordo com os programas de regularização dos Estados e o governo federal terá de indenizar os proprietários com o valor de mercado da terra e pelos custos da recuperação. Essa indenização abrange os imóveis rurais de até quatro módulos fiscais.
O projeto foi divulgado pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN); pelo presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, Moreira Mendes (PSD-RO); e pelo deputado também ruralista Jerônimo Goergen (PP-RS). "O projeto é para suprir a deficiência e completar o trabalho feito no Código Florestal", afirmou Henrique Alves. Ele disse que questões regimentais impediram que a proposta aprovada fosse alterada como devia. "O projeto chega com a força de 306 parlamentares (do total de 513). Não é uma questão de governo e oposição, mas uma questão do parlamento e do Brasil real que vivemos", disse o líder peemedebista. Ele se referia à soma das bancadas cujos líderes estão apoiando o projeto protocolado, hoje, junto com o pedido para votação em regime de urgência.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
De onde vem a força do agronegócio?
Enquanto o mundo fala em sustentabilidade, o Brasil, de forma contraditória, será a sede do maior encontro mundial sobre economia sustentável, enquanto, ao mesmo tempo, procura aprovar o novo Código Florestal com uma atitude não ecológica.
Baseado em análise das pesquisadoras Regina Araujo, doutora em geografia pela universidade de São Paulo, e Paula Watson, também formada em geografia pela USP e com a produção da WWF-Brasil foi criada uma pequena animação que visa esclarecer tal interesse na reformulação do código.
“Grandes agricultores querem fazer a sociedade crer que a produção agrícola brasileira, entre as potências agrícolas, fazem do agronegócio o porto- seguro da economia brasileira. No entanto nosso modelo agrícola não é ambientalmente sustentável, não favorece a sociedade, a agricultura familiar e colocará em risco grande parte da biodiversidade , risco que hoje é controlado pela legislação ambiental brasileira. Daí o interesse em alterar o Código Florestal e favorecer ainda mais o grande agricultor”, mostra a animação.
Confira o video:
Baseado em análise das pesquisadoras Regina Araujo, doutora em geografia pela universidade de São Paulo, e Paula Watson, também formada em geografia pela USP e com a produção da WWF-Brasil foi criada uma pequena animação que visa esclarecer tal interesse na reformulação do código.
“Grandes agricultores querem fazer a sociedade crer que a produção agrícola brasileira, entre as potências agrícolas, fazem do agronegócio o porto- seguro da economia brasileira. No entanto nosso modelo agrícola não é ambientalmente sustentável, não favorece a sociedade, a agricultura familiar e colocará em risco grande parte da biodiversidade , risco que hoje é controlado pela legislação ambiental brasileira. Daí o interesse em alterar o Código Florestal e favorecer ainda mais o grande agricultor”, mostra a animação.
Confira o video:
fonte: WWF-Brasil
terça-feira, 8 de maio de 2012
Apresentação
Esse blog, criado por universitários, nasceu através de um trabalho acadêmico
proposto em sala de aula.
Somos 8 (oito) colaboradores: Juliana, Flávia, Pâmela, Gabriela, Jordan, Rodrigo, Fernando, Karen.
Temos como principal temática o Rio +20 e portanto falaremos bastante sobre desenvolvimento sustentável
e o que nós, cidadãos, podemos fazer para um mundo melhor. Mas falaremos principalmente sobre o novo projeto de lei do código florestal brasileiro, foco principal do nosso trabalho.
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